Por Ítala Aquino
Bancada da promotoria de defesa. |
Na promotoria de defesa tivemos como advogados os estudantes: José Guilherme, Aldeny Rodrigues, Lucas Rosendo, Nathanny, Alax Anderson. E, na promotoria de acusação tivemos também cinco alunos representando promotores, sendo eles: Jéssica Barros, Ellen Larise, Fabíola Inajá, Pedro Henrique e Maria Clara de Almeida.
Professora Vanusia e convidados. |
Contamos ainda com convidados bastante especiais sendo eles a aluna Ailma Leane (que participou do concurso de redação “construindo qualidade de gênero”), o aluno Alisson (um dos bolsistas no projeto “A casa”, onde estudam os termos técnicos da construção civil. Sem esquecer de mencionar a presença do professor de química e diretor de ensino Ronaldo Dionísio.
O debate teve inícios às 07h27min horas da manhã com a professora Vanusia seguido dos argumentos da promotoria de acusação, onde a estudante Maria Clara começou falando sobre a infância de Capitu (a ré no julgamento), afirmando o quanto era dissimulada e conseguia sair fácil de situações difíceis, e que Bentinho por sua vez, era muito ingênuo e deixava se levar por Capitu sua futura esposa.
A promotoria fez um resumo sobre a obra, onde usou o livro como fonte e até mesmo arma para acusar a ré de ter traído o seu marido (onde na época era considerado como adultério e se comprovado, o adúltero seria preso). Ela ressaltou que no final do livro Bentinho estava triste e só narrava os fatos que aconteceram, diz ainda que ele era estéreo, pois herdou este problema de seus pais.
Professora Vanusia. |
Para a primeira fala os promotores tinham 15 minutos, onde usaram apenas 9 minutos. Logo após as considerações da excelentíssima juíza, a equipe de defesa deu inicio em sua fala (às 07h41min), indagando que Bentinho também era dissimulado, e citando o episódio em que Capitu pergunta se ele preferia a ela ou a sua mãe dona Glória, e ele mentindo (segundo a defesa) fala que escolhe a ela: “Sendo que qualquer um que está no tribunal sabe que qualquer um escolheria a sua mãe”. O advogado Guilherme usou armas objetivas e afirmou que Bentinho era excessivamente ciumento.
No episódio do enterro de Escobar, Capitu só chorou muito porque era muito amiga de Escobar, tanto quanto Bentinho era. Afirmou outra vez que ele era ciumento, pois tinha ciúmes até do mar, disse ainda que Bentinho sofria de problemas psicológicos, pois mudava rapidamente de humor, tinha transtorno bipolar.
Depois do advogado Guilherme, a também advogada Nathanny rebate as acusações anteriores de que Capitu traiu Bentinho, pois não existem provas concretas. O advogado Neusvaldo completando a fala de seus colegas diz que Bento era louco porque queria matar seu próprio filho e não dá espaço para que Capitu se defenda.
No tempo disponível de 15 minutos, a defesa usou apenas 13 minutos.
Excelentíssima juíza: “Como Guilherme e os outros advogados falaram, Capitu era uma mulher a frente de seu tempo, e não mentirosa, mentiroso era Bentinho que não queria ir para o seminário e mentia para sua mãe. Era muito ciumento, chegava a ser um ciúme patológico, e não aconteceu crime pois não aconteceu traição. Fala que a acusação não tem como provar que Bentinho era estéreo”.
Os promotores de acusação Pedro e Ellen, rebatem as questões expostas por seus colegas advogados dizendo que Bentinho aprendeu a mentir com Capitu. Continua dizendo que ele tem ciúmes, pois ela deu motivos, para que ele sentisse ciúmes, como no episódio do baile que ela foi com os braços descobertos, não se comportando como uma mulher casada. E no episódio do teatro Escobar poderia ter saído da casa de Bentinho.
Aluna Ellen e Aluno Pedro Henrique. |
Ela também não se opôs a decisão que Bentinho tomou ao mandar ela para a Suíça. Com os minutos restantes a promotora Maria Clara falou que quem nunca sentiu ciúmes que atirasse a primeira pedra.
Réplica da defesa: José Guilherme (08h20min) Bentinho era alguém de poucos amigos, quando criança só tinha José Dias e Capitu. Bentinho não sentia somente ciúme, mas um ciúme doentio. Ela foi para a Suíça porque queria dar mais uma chance para seu esposo, dele se redimir de seus erros.
Aluna Nathanny. |
Depois com os 4 minutos restantes, o advogado Lucas Rosendo rebateu as acusações de que Ezequiel era parecido com Escobar. Citando a passagem de que o pai de Sancha fala que Capitu parecia com a sua falecida esposa, sem nenhum grau de parentesco.
Tréplica da acusação 10 minutos às 08h32min com a promotora Maria Clara e Fabíola Inajá:
Alunas: Fabíola Inajá e Maria Clara. |
Tréplica da defesa 10 minutos início às 08h45min:
Aluno Denny Carlos. |
A acusação em seu tempo bônus rebateu com a seguinte pergunta: “qual a mulher que testa o caráter de um homem?”
Após as perguntas da acusação para a defesa e vice-versa, se deram início as considerações finais (às 09h18min da manhã), tendo como representantes da promotoria de acusação: Pedro Henrique e Maria Clara. E da promotoria de defesa: Aldeny Rodrigues e Alax Anderson.
Acusação: Relatou a falta de decoro da defesa. Maria Clara mais uma vez afirma que Capitu traiu Bentinho e encerram suas falas com a seguinte frase: “Se Capitu não traiu Bentinho, então Machado de Assis é José de Alencar!” (Dalton Trevisan).
A acusação utilizou 2 de seus 14 minutos que tinham disponíveis.
Defesa: “A acusação falou que Bento só narrou os fatos...”, a defesa falou que a acusação deixou dúvidas. Novamente falaram sobre a formação do caráter de uma criança. Afirmaram que Bentinho era louco, pois queria se matar e matar seu filho e que somente Bentinho tinha visto a traição de Capitu. Falaram ainda que nas considerações finais da acusação não houve “nexo”, pois só falaram da postura da promotoria de defesa.
Professor Ronaldo e Professora Vanusia. |
O debate foi uma iniciativa da professora Vanusia (como já foi dito antes) para melhorar a capacidade de argumentar dos alunos.
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