Por Leonardo Quintino de Oliveira Silva
O evento teve como tema geral o bordão “Abrindo caminhos para o desenvolvimento sustentável”.
Como sou pesquisador na área de entomologia (estudos dos insetos), dentre os minicursos ministrados havia um com o nome: “A ecologia química no controle de mosquitos vetores de doenças tropicais”, que se associava melhor com a minha pesquisa.
A ecologia química trata de vários assuntos distintos, mas que embora distintos tenham um objetivo em comum: solucionar os problemas da maneira ecologicamente correta, sem denegrir o meio ambiente.
O minicurso do qual estive presente mostrou os mosquitos que são os vetores das doenças que tiveram os casos mais alarmantes pelo mundo, a saber: dengue, malaria e elefantíase. Cada uma dessas tendo como vetor um mosquito diferente.
O que a ecologia química pretende? De forma sucinta ela quer tomar o controle de reprodução dessa espécie de inseto sem extingui-la. De que forma? Estudos sobre os feromônios são substancias químicas que são usadas pelos insetos na hora do ato sexual, ou como sistema de defesa, alarme, comunicação entre outras funções.
A questão maior é conseguir um pesticida biológico que seja barato, não polua o meio ambiente, e atinja só as espécies determinadas e ate agora isso se mostrou impossível.
Já que o uso indiscriminado de pesticidas só tem aumentado a resistência dos insetos fazendo com que a busca pelo pesticida ideal se torne constante e inalcançável, alem de poluir solos e lençóis freáticos, e se acumularem nos alimentos que consumimos.
Se usássemos repelentes específicos, ou usássemos atraentes para reunir e concentrar vários insetos só assim depois usar o pesticida a poluição seria reduzida. E também montar estratégias de manejo integrado, como vigiar locais sujos, caixas d’água, colocar os larvicidas, “carros fumaçeiros” pra dedetizar.
E lógico que sem a consciência de cidadão nada disso valeria à pena...
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