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sábado, 3 de dezembro de 2011

Entrevista sobre o projeto solo-cimento com Sheyla Karolina


 
Por Leonardo Quintino de Oliveira Silva














Sheyla Karolina Justino Marques.
Professora IFAL - Campus Palmeira dos Índios.
Área: Infraestrutura.








Leonardo Quintino:          Com relação ao tijolo padrão quais os prós e os contras de optarmos pelo o tijolo de solo-cimento quando falamos:

  • ECONOMIA 
  • RESISTÊNCIA
  • ECOLOGIA

Prof.ª Sheyla:          O solo-cimento é uma evolução de materiais de construção do passado, como o barro e a taipa. Só que as colas naturais, de características muito variáveis, foram substituídas por um produto industrializado e de qualidade controlada: o cimento.

            O uso do solo-cimento no Brasil vem, desde 1948, ajudando na satisfação de tais necessidades, encontrando-se hoje já bastante difundido. Demonstram que a aplicação da técnica solo-estabilizante acarreta as seguintes vantagens:

  1. O solo-cimento vem se consagrando como tecnologia alternativa por oferecer o principal componente da mistura – o solo – em abundância na natureza, e geralmente disponível no local da obra ou próximo a ela;

2.      O processo construtivo do solo-cimento é muito simples, podendo ser assimilado por mão de obra não qualificada;

3.      Apresenta boas condições de conforto, comparáveis às construções de alvenaria de tijolos e ou blocos cerâmicos, não oferecendo condições para instalações e proliferações de insetos nocivos à saúde pública, atendendo às condições mínimas de habitabilidade;

4.      É um material de boa resistência e perfeita impermeabilidade, resistindo ao desgaste do tempo e à umidade, facilitando a sua conservação;

5.      A aplicação do chapisco, emboço e reboco são dispensáveis, devido ao acabamento liso das paredes monolíticas, em virtude da perfeição das faces (paredes) prensadas e a impermeabilidade do material, necessitando aplicar uma simples pintura com tinta à base de cimento, aumentando mais a sua impermeabilidade, assim como o aspecto visual, conforto e higiene;

6.      Baixa agressividade ao meio ambiente, pois dispensa o processo de queima;

7.      Economia de transporte quando produzidos no próprio local da obra;

8.      Baixo custo em relação às alvenarias convencionais.

O solo-cimento está por aí há décadas, mas seu uso ainda é bem restrito. Com isto, florestas inteiras são devastadas para produzir tijolos cerâmicos que, além de tudo, são mais caros.

Apesar dos pontos positivos destacados, no Brasil o interesse pelo método solo-estabilizante é mais expressivo em obras de pavimentação (cerca de 90% das bases de nossas rodovias são de solo-cimento compactado), barragens e contenções; relegando suas aplicações nas construções civis, a um plano secundário, devido ao desconhecimento técnico dos profissionais envolvidos nos vários segmentos da sociedade.



Leonardo Quintino:          Todo tipo de solo pode ser usado ou é necessário um solo com propriedades especificas?

Prof.ª Sheyla:         O solo ideal é o laterítico, com um percentual de aproximadamente 75% de areia e 25% de argila.

Leonardo Quintino:          Qual o seu objetivo nesse projeto?

Prof.ª Sheyla:         Comprovar a eficiência do solo-cimento utilizando resíduo.

Leonardo Quintino:          Aceitação no mercado.

Prof.ª Sheyla:         Ainda existe uma grande resistência das pessoas quanto ao uso do solo-cimento, por falta de conhecimento mesmo. Então a intenção é mostrar que ele é uma alternativa viável e que vale a pena.

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